Cozinhar, fazer o café da manhã, o almoço, acampar. A turma do 8º ano do Ensino Fundamental II desfrutou essas e outras experiências durante o Estudo do Meio. Acompanhados pelos professores Alexandre Marques, da disciplina de Língua Portuguesa, e Diogo Dias, de Educação Física, e com o auxílio de duas guias, os alunos visitaram o Quilombo do Ivaporunduva, localizado no município de Eldorado (SP), e o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR).
Com o intuito de despertar o olhar dos alunos em relação ao movimento negro no país, os professores que acompanharam a turma estão desenvolvendo o projeto interdisciplinar Resistência Negra no Brasil, articulado com as disciplinas de História, Língua Portuguesa e Educação Física. “A ideia é estudar e entender a trajetória do povo negro desde o processo do sequestro na África até o tráfico e a escravização no Brasil”, afirma o professor de Língua Portuguesa, Alexandre Marques. “Perpassando por elementos da resistência como o movimento quilombola”.
Pensando neste projeto, a primeira parada foi o Quilombo do Ivaporunduva. A comunidade local, reconhecida por sua gestão horizontal e democrática, recebeu muito bem os alunos que acamparam e participaram do estilo de vida dos moradores, acompanhando de perto a força e a importância do trabalho coletivo. A turma participou de algumas oficinas realizadas cotidianamente na comunidade, como pescar, caçar, colher alimentos e se organizar para cozinhar coletivamente. “Infelizmente vivemos em uma cidade ainda muito individualista e não olhamos para as questões coletivas”, pontua o professor Diogo.
Ainda no clima de trabalho em grupo, a segunda parte do Estudo do Meio teve como destino o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, considerado uma das unidades de conservação mais importantes do mundo. Lá, os alunos vivenciaram a interferência do homem no meio ambiente. Eles conheceram outro tipo de ecossistema e foram desafiados novamente a trabalhar em conjunto quando entraram nas cavernas.
O Petar é reconhecido por sua solidariedade e cooperação com a natureza. Ali os alunos exploraram e conheceram algumas cavernas do Parque Estadual da Caverna do Diabo, que foram modificadas pelo homem com o intuito de garantir acessibilidade. Além disso, aprenderam a importância daquelas cavernas para o ecossistema. “A principal razão da visita foi fazê-los vivenciar tudo que trabalhamos e falamos em sala de aula”, conclui Diogo. “Foi muito enriquecedor!”.
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